Será verdade? Pode ser que Deus tenha deixado implícito nos textos bíblicos tal ensino?
Decidi fazer esta pequena análise do filme, motivado por pessoas que assistiram-no e acreditaram em sua teoria.
Primeiramente, vou descrever por trechos, de forma objetiva a teoria apresentada pelo filme e então buscar sua interpretação, fiel ao texto bíblico.
OBS.: texto em azul: Filme
Iniciemos nosso estudo, considerando que Deus conhece o fim desde o princípio - Isaías 46:10, assim como no capítulo 48.
Mais do que nunca, é inegável o fato de que o Senhor realmente conhece todas as coisas, as passadas, presentes e futuras. Todos os acontecimentos estão sucedendo segundo o que já fora anunciado por Deus.
No livro de Daniel, vemos que o Senhor anunciou quais seriam os reinos de proeminência mundial, quais seriam seus feitos, de forma objetiva, e quando viria seu declínio, para que um novo reino viesse sobre a terra. Anuncia ainda que não haverá um quinto reino na terra, mas que o próprio Deus reinará conosco por mil anos.
Para saber mais sobre tais profecias, visite nossa seção de vídeos, e assita a Descobertas nas Profecias, principalmente o vídeo número 2.
Assim, no início de todas as coisas, durante a criação da terra, descrita em Gênesis 01, será que o Senhor sabia o que sucederia à raça humana? Sim.
Porque Ele criou o mundo em 6 (seis) dias e descansou no sétimo? Acaso Não foi isto um prenúncio sobre o futuro do mundo?
Sobretudo, Deus criou o mundo em seis dias literais pois, em sua infinita sabedoria, estabeleceu o ciclo semanal e o Sábado, como um dia especial para dedicarmos ao Senhor, em adoração e alegria (Saiba mais a respeito, clique em: O Selo de Deus e O Sábado).
Consideremos, desde já, que a Bíblia é cheia de prenúncios, como exemplo temos o “sacrifício” prefigurativo de Isaque, pois tal qual seu pai Abraão, oferece-o como holocausto, assim o Senhor Deus ofereceu seu Filho único, Jesus, como sacrifício por toda a humanidade.
Também o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra:
Lucas 17:26 "Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem.
27 O povo vivia comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e os destruiu a todos.
28 "Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo.
29 Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos.
30 "Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado.
O texto de II Pedro 3:8, assim como Salmos 90:4, afirma que mil anos é como um dia, e um dia é como mil anos para o Senhor.
Assim, pode ser que os seis dias da criação nos indiquem que o tempo do homem na terra será de 6 (seis) mil anos, e, então, virá o fim.
De fato, pode ser que haja, também, tal simbolismo nos dias da criação. Mas é bem verdade que o Senhor usa, na profecia um dia para um ano. Ou seja, quando, por exemplo, em Daniel 8:14 é dito sobre duas mil e trezentas tardes e manhãs, assim, dias, tal período significa 2300 anos literais. Período este que terminou em 1844, quando um grupo de crentes chamado de Mileritas, entendeu errôneamente o termo “O Santuário será purificado” e esperou a volta de Jesus neste referido ano.
Para saber sobre o princípio profético dia-ano, clique aqui.
Portanto, os seis dias da criação correspondem aos seis mil anos da terra. Note que a maioria dos historiadores bíblicos concordam que desde Adão até a primeira vinda de Jesus, se passaram pouco mais de 4 mil anos.
De fato, até mesmo a escritora adventista, Ellen G. White (saiba a respeito aqui e aqui) escreveu que desde a queda de Adão, até o ano em que Jesus estava sendo tentado no deserto, se passaram pouco mais de 4 mil anos.
É importante notar que o Senhor faz tudo em sétimos (o que nos indica que ao iniciar do sétimo milênio, algo decisivo ocorrerá):
A criação em 7 dias;
A cada 7 anos, o sétimo era de descanso para os Judeus;
A cada 49 anos (7x7) era o ano do Jubileu: Descanso para a terra e liberdade dos Judeus... etc.
Apocalipse 20 aponta um milênio inteiro no qual Satanás estará “acorrentado”, preso. E durante este período os justos Salvos estarão com o Senhor no reino do Céu.
Oséias 6:2 “Depois de dois dias ele nos dará vida novamente; ao terceiro dia nos restaurará, para que vivamos em sua presença.”
Por mutias vezes, Israel rejeitou a Deus. Jesus então, ao vir a este mundo pela primeira vez, concebido por Maria, rejeitou o povo Judeu. Como consequencia, esta nação foi destruída, e deixou de ser uma pátria por cerca de 1900 anos. O texto de Oséias 6:2, indicaria que ao segundo dia, ou seja, passados dois mil anos, Israel seria restaurada como nação.
Lembre-se que para Deus, um dia é como mil anos e mil anos como um dia (II Pedro 3:8)! ou seja:
Ao final de 2000 anos Israel seria restabelecida e num período de tempo, após, Jesus voltará a esta terra para levar o Seu povo para o Céu.
Só em 1948, Israel voltou a ser nação.
Jesus jamais rejeitou o seu povo. Como está escrito em: Romanos 11:1 “Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim.”
A expressão "depois de dois dias; no terceiro dia" (Os 6:2) parece ser um recurso literário para denotar um tempo indefinido (cf. 2 Rei. 9: 32; Amós 4: 8). Óseias tinha predito que o Senhor curaria (cap. 6: 1). Agora adiciona que o período da cura seria num tempo situado num futuro indefinido, ainda que quiçá não longínquo. Não há nenhuma prova específica de que esta passagem é uma predição mesiânica da ressurreição de Cristo, ainda que essa crença foi geralmente aceitada.
Viveremos adiante dele.
Viver à vista de Deus é estar em plena harmonia e amante comunhão com ele (Núm. 6: 25-26; Sal. 11: 7; 17: 15; 27: 8-9; 51: 11; 67: 1; 119: 135). (FONTE: COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA).
Textos como Êxodo 19:11, onde o povo deveria se purificar e aguardar dois dias, e no terceiro Deus viria sobre eles; João 11, onde Jesus aguarda dois dias para ressussitar Lázaro, ilustram como Deus daria as costas ao seu povo por dois dias – dois mil anos – e trabalharia através da igreja do Novo testamento, neste ínterim.
De fato, Jesus aguardou dois dias para ressuscitar Lázaro. Mas, o detalhe esquecido é que o Senhor demorou outros dois dias para chegar até Lázaro e o ressuscitar, (João 11:17).
Portanto, é uma figura completamente sem nexo, assim como a de Êxodo 19:11, ao fato de o Senhor supostamente reerguer Israel como nação para cumprir Sua vontade na terra.
Outro indício de o fim será ao término dos seis mil anos de pecado nesta terra, está em Mateus 17:1, onde “Seis dias Depois” Jesus tomou consigo três de seus apóstolos e levou-os ao monte, onde foi Transfigurado perante eles.
Não foi por nada que tal relato foi desta forma descrito na Bíblia. É mais um prenúncio, uma alegoria do que acontecerá: ao fim dos seis mil anos, Jesus voltará a esta terra.
Esse mesmo Jesus em cujo sangue possuímos a remissão de nossos pecados. Pois, quando pecamos, nos tornamos dignos de estar eternamente queimando no inferno. Por isso Jesus veio a este mundo e viveu a vida que nós devíamos viver. Ele jamais pecou porque era Deus.
Quanto ao “queimar eternamente no inferno”, por favor, caro leitor, leia neste blog os textos bíblicos sobre o Inferno, e verá que não existe um inferno que queima para sempre, mas pecadores que serão queimados e aniquilados para sempre, ou seja, de uma vez por todas.
Jesus não pecou, não porque era Deus.
Filipenses 2:7 "mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
8 E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!"
Ele não pecou pois decidiu não pecar! Por amor a mim e a você, pois em tudo foi tentado, mas sem pecar.
Hebreus 4:14 "Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos,
15 pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado."
Caro leitor,
Muitos cristãos estão a confundir e forçar entendimentos bíblicos para sustentar suas convenientes convicções.
O maior erro de toda esta doutrina apresentada é a falta de reais referências bíblicas que sustentem tal ensino - visto que os textos bíblicos apresentados não possuem relação direta entre si, tornando portanto, toda esta doutrina uma hipótese pouco fundamentada - e ainda a incompreensão do verdadeiro papel de Israel na profecia: Não sabem distinguir a Israel-Nação, de Israel-espiritual (composta por Judeus e não judeus, independente de sua raça cor ou origem).
Para compreender claramente sobre o papel de Israel nas profecias: De fato haverá uma conversão geral na nação de Israel, e então pleitearão a causa de Deus? Clique aqui.
Já nos textos da Escritora Ellen White, há textos que afirmam que Jesus voltará ao término dos seis mil anos de pecado nesta terra (sem usar das falsas ou equivocadas interpretações dos textos bíblicos, como feito no filme), deixando claro a impossibilidade de se saber quando, que dia ou hora, atingiremos os seis mil anos.
Concluindo, considero realmente importante é a questão: Estou preparado para a volta de Jesus hoje? pois se não estiver, pode ser que o término de minha vida seja após alguns instantes, e se eu não estiver preparado, estarei reservado para a destruição eterna, e não fará diferença alguma saber se está próxima ou não a volta de Jesus.
"Devemos nos preparar para a volta de Jesus como se viesse a acontecer hoje, como que também daqui a 100 anos".
Deus vos abençoe.
EJ, Mensageiro da Verdade.
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