03 agosto 2009

O Sábado ainda é o Sétimo Dia?


No princípio do mundo, Jesus, após ter terminado toda a criação em 6 dias, tornou santo o sétimo dia, chamado de sábado (descanso). (ver João 1:3 e Genesis 2:1-3). Cerca de 3 mil anos depois, ao entregar os 10 mandamentos aos hebreus, Ele se lembrou deste fato e gravou a guarda do sábado entre as tábuas da lei moral. (ver Êxodo 20:3-17). 1500 anos após Israel ter recebido a lei, o Filho de Deus se tornou humano e seus discípulos ainda obedeciam o mandamento sagrado (ver Lucas 23:56).


Os filhos de Deus (descendentes de Set, Sem e Abraão) preservaram a semana de 7 dias ao longo das eras.

Os descendentes de Caim, Jafé e Cam se afastaram de Deus e suas nações seguiram calendários diferenciados em que a semana de 7 dias não era respeitada. A República Romana, tal como os etruscos, usava uma “semana de mercado” de oito dias, marcados com as letras de A a H no calendário. Um mercado seria feito no oitavo dia.

O calendário judaico vinha desde a criação do mundo, e consignava o sábado como o dia de descanso. Quando os romanos entraram em contato com os hebreus e muitos povos que tinham o sábado como o final da semana, acabaram sendo influenciados. Quando o calendário Juliano foi impantado por Júlio César em 46 AC a semana de 8 dias havia sido praticamente abandonada. A semana deixou de ser contada das letras de A a H e passaram a ser nomeadas conforme os deuses romanos:

Dies Solis (Dia do Sol)
Dies Lunae (Dia da Lua)
Dies Martis (Dia de Marte)
Dies Mercuri (Dia de Mercúrio)
Dies Iovis (Dia de Júpiter)
Dies Veneris (Dia de Vénus)
Dies Saturni (Dia de Saturno)


O nome do sétimo dia Romano, (Saturni) embora dedicado ao Planeta Saturno também nos lembra a raiz da Palavra Sábado (sabbath) usada pelos filhos de Abraão.

Nos tempos de Jesus e dos apóstolos, a semana na Palestina coincidia com a semana dos romanos quanto a ordem dos dias.

Uma reforma do calendário que alterou o cômputo de meses e anos, mas não a semana, é a denominada gregoriana, feita por ordem do Papa Gregório XIIII. Os países latinos: Espanha, Portugal e Itália aceitaram-na em 1582. A reforma se fez no dia 4 de outubro daquele ano. O dia 4 de outubro pulou para 15 (havendo portanto uma dedução de 10 dias). Mas o dia 4 foi quinta-feira, e o dia 15 logo a seguir foi sexta-feira, permanecendo inalterado o ciclo semanal.

Outubro de 1.582

Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 2 3 (4) (15) 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
31

Nos países de fala inglesa a mudança gregoriana só foi aceita em 1752, em setembro daquele ano. Assim o dia dois foi seguido pelo dia 14. Mas o dia 2 de setembro caiu numa quarta-feira, e o dia 14 que se seguiu, numa quinta-feira.

Setembro de 1.752

Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 (2) (14) 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30


OBSERVAÇÃO INTERESSANTE: Em 1751 havia uma diferença de 12 dias no calendário da Espanha pra o da Inglaterra. Mas o ciclo semanal era o mesmo em ambos os países. Enquanto era segunda feira na Espanha, era segunda feira na Inglaterra. Mais uma prova de que embora usassem calendários diferentes o ciclo semanal permanecia inalterado.

O sétimo dia que Deus abençoou, santificou e descansou (Gen 2:1-3) na Criação do Mundo, que Deus proclamou santo no Monte Sinai (Exodo 20:8-11) e que Jesus e seus seguidores guardaram (Lucas 4:16 e 23:56) é o mesmo sétimo dia sagrado dos dias de hoje.

Atualmente o calendário ocidental está no ano 2009, o calendário judaico no ano 5769, e o calendário islâmico no ano 1430. A contagem dos meses também é feita de maneira diferente. O ano novo judaico se dá por volta do nosso mês ocidental de setembro.

E o ciclo semanal é o mesmo no mundo todo!

Mais uma das muitas provas de que o ciclo semanal nunca foi alterado.

Publicado em Junho 20, 2009 por Adventismo em foco (adventismoemfoco.wordpress.com)

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