27 outubro 2010

Desfazendo Mitos Sobre Israel Nas Profecias dos Tempos Finais

Samuele Bacchiocchi

Há fundamentação bíblica para interpretações populares de profecias referentes à restauração de Israel? Tal indagação é respondida com autoridade e consistência exegética neste artigo.

Saiba também por que muitos judeus se sentem ofendidos com posturas de estudiosos cristãos ao interpretarem o papel futuro de Israel segundo tradicional visão escatológica de muitos intérpretes das profecias bíblicas.

A maioria dos cristãos evangélicos crê que a restauração do Estado de Israel em 1948 representa a “peça fundamental” nas profecias do tempo do fim. Tal ponto de vista é vigorosamente ensinado por praticamente todos os pregadores populares atuais. Isso significa que caso o que se crê e prega amplamente na atualidade quanto ao papel de Israel na profecia baseia-se numa equivocada interpretação de importantes textos bíblicos, há urgente necessidade de expor as falhas de tal ensino.


ISRAEL NA PROFECIA

Crê-se amplamente entre cristãos evangélicos que o firme retorno dos judeus à Palestina durante este século, e o estabelecimento do Estado de Israel em 1948, representam um extraordinário cumprimento de promessas específicas do Velho Testamento feitas aos israelitas. Ademais, esse suposto cumprimento é visto como o prelúdio de eventos finais tais como o Arrebatamento Secreto, a Tribulação, a reedificação do Templo de Jerusalém, a conversão dos judeus, o Retorno de Cristo e o estabelecimento do reino milenial judaico assumido por Cristo sobre o trono de Davi em Jerusalém.

Leon J. Wood adequadamente expressa esta opinião popular em The Bible and Future Events [A Bíblia e os eventos futuros]: “O mais claro sinal do retorno de Cristo é o moderno Estado de Israel. . . . Deve-se reconhecer que a cronologia de Deus poderia permitir que Israel estivesse na terra por muitos anos antes de levá-la ao desfrute de sua era gloriosa. Mas com a nação de fato ali, e com muitos fatores relacionados a isso ajustando-se a condições estabelecidas nas Escrituras para os últimos dias, . . . pode-se seguramente crer que a vinda de Cristo não está muito distante no futuro”.

Hal Lindsey é até mais específico ao garantir que a restauração política de Israel em 1948 não é só “um dos muitos eventos importantes de nossa época”, mas, “o mais importante sinal profético para proclamar a era do retorno de Cristo”. Ele até predisse ousadamente em 1970 que “dentro de quarenta anos ou próximo disso a partir de 1948, todas essas coisas poderiam vir a ocorrer”.

Um Acontecimento Notável. O retorno de muitos judeus à Palestina e o estabelecimento do Estado de Israel são acontecimentos muito notáveis, para dizer o mínimo. Assim, não admira que muitos cristãos e judeus vêem em tais eventos que se deram no Oriente Médio o cumprimento de profecias veterotestamentárias. Contudo, seria esta uma interpretação legítima das profecias?

É bem possível crer pessoalmente que o povo judeu tenha um direito moral ou histórico à terra da Palestina e que Deus haja providencialmente dirigido o estabelecimento do Estado de Israel, mas pode tal convicção ser legitimamente firmada em profecias bíblicas? Para responder a esta indagação é necessário examinar brevemente pelo menos algumas das profecias em geral apresentadas em apoio a essa crença.

PROFECIAS DO VELHO TESTAMENTO

As Promessas de Deus aos Israelitas. Há, primeiramente, a promessa de Deus a Abraão de que seus descendentes herdariam “toda a terra de Canaã, em possessão perpétua” (Gên. 17:8; cf. 12:7; 13:15; 15:18'). Adicionalmente, há promessas em alguns dos profetas que falam de um “segundo” retorno dos israelitas (Isa. 11:11) a sua terra natal “de todas as nações” (Jer. 29:14). Os dispensacionalistas acreditam que esse predito retorno supostamente se dará em descrença (Eze. 36:24-26; cf. Jer. 30).

Acham confirmação para tal posição no que se passa hoje em dia.
As promessas de restauração são vistas como promessas incondicionais literais cujo cumprimento teve início pela primeira vez em 1948 com a dramática recuperação de parte da Palestina pelos judeus. A posse ou perda de posse anteriores da terra de Canaã pelos israelitas supostamente não cumprem as promessas territoriais por, pelo menos, duas razões: Primeiro, Deus não prometeu posse temporária, mas “eterna” da terra (Gên. 17:8'). Em segundo lugar, os israelitas nunca possuíram no passado toda a terra prometida “desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gên. 15:18).

A Natureza Condicional da Promessa Divina. A interpretação literalística acima das promessas territoriais de Deus ignora primeiramente toda a sua natureza condicional. A promessa de terra à descendência de Abraão era condicional a sua contínua obediência aos requisitos de Seu concerto: “Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações” (Gên. 17:9; cf. 18:19).

A natureza condicional da promessa de terra no concerto abrâmico é claramente reconhecida nas Escrituras. Moisés, por exemplo, após a rebelião de Cades, lembrou à nova geração que a desobediência impediria seus pais de entrarem na terra da promessa: “Certamente nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais” (Deut. 1:35; cf. Núm. 14:22-23).

Antecipando a expulsão dos israelitas da terra por causa da desobediência, Moisés admoestou o povo a “voltar para o Senhor”, o qual, por seu turno, se lembraria “da aliança que jurou a teus pais” (Deut. 4:30-31; cf. Deut. 30:2, 3; I Reis 8:47-50).
A natureza condicional das promessas de Deus é talvez melhor declarada em Jeremias 18:9-10, onde o Senhor declara: “E no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, se ela fizer o que é mal perante mim, e não der ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria”.

Os princípios estabelecidos nesta passagem é de que as predições de Deus de bênção ou maldição para uma nação condicionam-se à obediência ou desobediência. Obviamente, é somente pela graça de Deus que os crentes podem cumprir as condições, mas permanece o fato de que as condições existem e que ninguém tem o direito de remover os “se’s” da Bíblia.

O Retorno em Descrença. Os dispensacionalistas recusam aplicar o princípio da natureza condicional das promessas de Deus às predições concernentes ao retorno dos judeus à Palestina. Eles apelam a textos tais como Ezequiel 22:17 e 36:24-28 para argumentar que “os judeus devem ser reunidos à sua terra num condição de descrença. A conversão nacional a Jesus Cristo, o seu Messias, não terá lugar até após serem restaurados à terra”.
Em outras palavras, a restauração territorial dos judeus deve supostamente preceder sua conversão ao Messias.

Infelizmente essa crença tem por base uma interpretação defeituosa de passagens bíblicas. Por exemplo, a declaração encontrada em Ezequiel 22:19-20, “vos ajuntarei na minha ira e no meu furor”, é tomada como referindo-se à atual emigração dos judeus à Palestina em descrença.

Essa interpretação está errada por duas razões, pelo menos: Primeiramente, nos versos precedentes Ezequiel não está descrevendo o futuro, mas a situação de seus contemporâneos israelitas ao enumerar os seus pecados que causariam o serem espalhados “entre as nações” (v. 15). Em segundo lugar, a reunião dos judeus “na minha ira e no meu furor” refere-se não ao seu retorno à Palestina em descrença, mas à inevitabilidade do juízo de Deus por sua desobediência, o que historicamente teve lugar quando das invasões e cativeiro sob os babilônios.

Esta passagem não permite qualquer dúvida de que o propósito da reunião é o juízo, não a restauração. Isto é tornado claro nos versos seguintes, onde o Senhor declara: “Congregar-vos-ei, e assoprarei sobre vós o fogo do meu furor ; e sereis fundidos no meio de Jerusalém” (Eze. 22:21). Destarte, a reunião em Ezequiel, à semelhança do ajuntamento em Jeremias (8:14), não visa à restauração e salvação, mas ao juízo e destruição.

Reajuntamento e Purificação. O segundo “texto prova” geralmente citado para dar apoio ao ponto de vista do retorno em descrença é Eze. 36:24-25: “Tomar-vos-ei de entre as nações e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificareis”. O fato de que a promessa de restauração territorial precede a purificação espiritual do povo nesta passagem é tida como significando que primeiro os judeus retornarão à Palestina em descrença, e posteriormente serão purificados e redimidos.

Tal conclusão tem por base numa seqüência cronológica artificial que não pode proceder da passagem. Ezequiel não está dizendo que o Senhor primeiro reajuntará os israelitas e daí, num período subseqüente, os purificará. Ele simplesmente declara que Deus fará duas coisas para o Seu povo: Ele os reunirá e os purificará. Nenhum indício é dado de que os dois acontecimentos serão separados por um período de tempo indefinido.

O contexto do capítulo sugere que o reajuntamento e purificação terão lugar ao mesmo tempo, com a purificação espiritual precedendo, antes que seguindo-se, à reunião. “No dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniqüidades, então farei que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares desertos” (Eze. 36:33). Observações tais como estas claramente demonstram que Ezequiel 36:24-28 não oferece prova de predição quanto ao retorno dos judeus em descrença à Palestina no século vinte.

Duas Perspectivas Bíblicas. Apoio adicional para essa conclusão é propiciada por dois ensinos bíblicos básicos concernentes à terra da promessa. Primeiro, historicamente foi a descrença que impediu que os israelitas entrassem na terra de Canaã (Núm. 14:23; Sal. 95:7, 11). Essa verdade é reiterada pelo autor de Hebreus ao destacar o fato de que a descrença desqualifica qualquer um de entrar no descanso tipificado pelo sábado, seja o descanso político na terra de Canaã (Heb. 3:18-19; 4:6-8) ou o descanso espiritual da salvação (Heb. 4:3, 9, 10). Se a descrença impediu a entrada inicial na terra de Canaã, dificilmente poderia propiciar a condição que se segue a um retorno a tal terra.

Em segundo lugar, Deus recompensa a obediência, não a desobediência, com os privilégios da aliança. A restauração predita pelos profetas é condicional em caráter. Israel será restaurado “se se converterem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma na terra de seus inimigos” (1 Reis 8:48; cf. Oséias 11:10, 11; Deut. 30: 2, 3, 9, 10).

Uma “Segunda” Reunião. Outra profecia vista por muitos como texto-prova para a presente reconstituição de Israel acha-se em Isaías 11:11: “Naquele dia o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinear, de Hamate e das terras do mar”.

A referência de Isaías a um “segundo” ajuntamento do remanescente de Israel de muitas nações é vista como tendo cumprimento hoje pela primeira vez com o retorno de alguns judeus para o restaurado Estado de Israel. A última é vista como o prelúdio para o ajuntamento final de Israel, que, para empregar as palavras de J. F. Walvoord, “terá sua culminação quando o Messias de Israel retornar à terra em poder e glória para reinar”.

Esse ponto de vista repousa sobre o pressuposto de que um “segundo” ajuntamento predito por Isaías não foi cumprido quando um fiel remanescente de Israel retornou de Babilônia para Jerusalém em 536 A.C. sob Zorobabel e novamente em 457 A.C. sob Esdras. Duas razões principais são geralmente dadas. Em primeiro lugar, o retorno do exílio babilônico foi somente de uma nação, Babilônia, e não de “todas as nações” (Jer. 29:14; cf. Isa. 11:11). Em segundo lugar, o retorno do exílio babilônico foi um pálido reflexo do grandioso retorno previsto por Ezequiel, Jeremias e Isaías.

Um Retorno “De Todas as Nações”. A primeira razão ignora três fatos significativos. Primeiro, era costumeiro naquele tempo vender prisioneiros de guerra a outras nações, de modo que fossem dispersados o máximo possível (Joel 3:7; Jer. 42-44; Eze. 27:13; Amós 1:6, 9). Num retorno gradual do cativeiro seria natural que alguns dos judeus amplamente dispersos retornassem à Palestina a partir de muitas nações. Isso é o que aparentemente teve lugar após o exílio babilônico, uma vez que os que retornaram não pertenciam exclusivamente à tribo de Judá, mas também a outras tribos (Esdras 2:59; 6Z:17; 1 Crôn. 9:33, 34).

Em segundo lugar, os profetas às vezes fundiam referências a um retorno da “terra de seu cativeiro” (isto é, Babilônia) com um retorno de “todas as nações”, porque em suas mentes essas expressões eram simplesmente modos variantes de descrever a condição dos judeus no exílio e a prometida restauração divina. Um bom exemplo disso se acha em Jeremias 30:10-11, onde as duas expressões são empregadas intercambiavelmente na mesma passagem: “Não temas, pois, servo meu Jacó, . . . pois eis que te livrarei das terras de longe, e à tua descendência da terra do exílio. . . . por isso darei cabo de todas as nações dentre as quais te espalhei” (cf. Jer. 31:8, 11; 46:27).

Em terceiro lugar, aplicar literal e coerentemente a predição de Isaías de um “segundo” ajuntamento de Israel de muitas nações ao retorno contemporâneo dos judeus à Palestina requereria que os judeus destruíssem ou despojassem ou subjugassem os filisteus, os edomitas, os moabitas e os amonitas, como declarado no contexto da profecia de Isaías: “Antes voarão para sobre os ombros dos filisteus ao Ocidente; juntos despojarão os filhos do Oriente; contra Edom e Moabe lançarão as suas mãos, e os filhos dos Amom lhes serão sujeitos” (Isa. 11:14). Uma vez que essas nações há muito desapareceram, é difícil ver como os judeus hoje poderiam cumprir literalmente a predição de Isaías de um “segundo” ajuntamento.

Essa interpretação profética fantasiosa poderia ser evitada simplesmente pela cuidadosa leitura do contexto, que claramente fala de um “segundo” retorno de um remanescente da Assíria, em relação com o primeiro retorno do Egito sob o comando de Moisés: “Haverá caminho plano para o restante do seu povo, que for deixado da Assíria, como o houve para Israel no dia em que subiu da terra do Egito” (Isa. 11:16). A Assíria é mencionada primeiro (também no v. 11) provavelmente porque Isaías escreveu essas palavras após o Reino do Norte ter sido deportado para a Assíria em 721 AC. Desse modo, esta profecia teve um cumprimento literal quando os israelitas retornaram do cativeiro no sexto século A.C.

LIMITADO RETORNO DO CATIVEIRO BABILÔNICO

A segunda razão mantém que o pequeno grupo de judeus que retornou à Palestina sob a condução de Zorobabel em 536 A.C. e Esdras em 457 A.C. seria apenas um pálido reflexo do grandioso retorno predito pelos profetas. Ademais, os judeus não experimentaram a prosperidade econômica e fertilidade agrícola preditas pelos profetas (Isa. 35:1; 61:4). As nações circunvizinhas não foram destruídas e continuam a ameaçar os judeus vez após vez. Conseqüentemente, deve-se considerar um cumprimento posterior aos eventos de nosso tempo.

O retorno dos judeus à terra está agora em progresso. Israel tornou-se o mais forte poder militar do Oriente Médio. O solo está sendo recuperado após séculos de negligência, mediante o desvio de água do Jordão para irrigar o deserto do Negev. Esses desenvolvimentos têm levado muitos cristãos a crer que as profecias sobre a restauração estão de fato tendo cumprimento hoje. Uma propaganda de viagem a Israel em Christianity Today [Cristianismo hoje, popular revista evangélica americana] (de 27 de outubro de 1967) apropriadamente expressa essa crença popularizada: “Está a Profecia Sendo Cumprida Nas Terras Bíblicas Hoje? Venha Ver”.

CUMPRIMENTO TRÍPLICE DAS PROFECIAS DE RESTAURAÇÃO

Dificilmente se negará que as profecias de restauração não foram completamente cumpridas no período pós-exílico. É apropriado esperar um cumprimento mais completo em época posterior. Todavia, ao buscar-se um cumprimento maior é importante reconhecer que as profecias relativas à Terra de Canaã e à restauração de Israel podem ter cumprimento tríplice: literal, figurado e antitípico.

Cumprimento Literal. As promessas de posse territorial aos descendentes de Abraão foram primeiro cumpridas literalmente várias vezes. Josué, por exemplo, declara: "Desta maneira deu o Senhor a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela. . . . Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: tudo se cumpriu" (Josué 21:43, 45; cf. 1 Reis 8:56; Jer. 32:21-23).

Semelhantemente, a prometida restauração dos judeus à Palestina predita pelos profetas encontrou um cumprimento literal inicial quando um remanescente dos judeus retornou sob o comando de Zorobabel, Esdras e Neemias. Jeremias, por exemplo, na mesma passagem onde anuncia a restauração dos judeus "de todas as nações" (Jer. 29:14), explicitamente explica quando a prometida restauração teria lugar: "Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar" (Jer. 29:10). Daniel corretamente entendeu que esta profecia seria cumprida, não num futuro distante, mas em seu próprio tempo (Dan. 9:2).

Cumprimento Figurado. A promessa de Deus de dar terras à descendência de Abraão e da restauração de Israel também tiveram cumprimento de uma segunda maneira, figurativamente. O Novo Testamento explica que a terra e bênçãos prometidas à posteridade de Abraão tiveram cumprimento não só literal, no retorno dos judeus à Palestina no passado, mas também figuradamente e mediante a vinda de Cristo, o Qual é a intenção e conteúdo da aliança de Deus com Abraão (Atos 3:25-26; 13:16, 32-33).

Paulo explica que as promessas de Deus "feitas a Abraão e ao seu descendente" (Gál. 3:16) foram cumpridas em Cristo, porque Ele é o auge da verdadeira semente de Abraão. O cumprimento, porém, não consiste numa futura nova possessão da Palestina pelos judeus, mas na herança de toda a terra renovada pelos crentes em Cristo a partir de todas as nações (Rom. 4:13; Mat. 5:5, 3; Apoc. 21:1-8).


Reajuntamento dos Gentios. Não somente a promessa territorial de Deus à descendência de Abraão, mas também as últimas predições concernentes à restauração de Israel, são vistas no Novo Testamento como cumprindo-se figuradamente mediante a vinda de Cristo. No Concílio de Jerusalém, por exemplo, após Pedro, Paulo e Barnabé relatarem como Deus trouxera muitos gentios à fé, Tiago, que aparentemente presidia o concílio, declarou: "Irmãos, atentai nas minhas palavras: Expôs Simão como Deus primeiro visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome. Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito:

"Cumpridas estas cousas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-os de suas ruínas, restaurá-los-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor que faz estas cousas conhecidas desde séculos" (Atos 15:14-18).

Tiago cita a profecia de Amós sobre a restauração do reino de Davi (Amós 9:11-12) que produziria um ajuntamento de gentios, e diz que essa profecia tinha cumprimento pela reunião dos gentios à comunidade do povo de Deus. Há aqui um claro exemplo de cumprimento neotestamentário duma profecia do Velho Testamento concernente à restauração de Israel.

É digno de nota a mudança feita por Tiago ao traduzir a profecia de Amós. A sentença de Amós "para que possuam o restante de Edom" (Amós 9:12), torna-se em Atos 15:17, "para que os demais homens busquem o Senhor". Isso significa que Tiago viu o cumprimento da profecia de Amós, não numa futura restauração política da dinastia davídica que obteria posse militar dos remanescentes de Edom, mas no reino espiritual de Cristo voluntariamente buscado pelos crentes. Aqui, pois, o Novo Testamento interpreta figuradamente uma profecia veterotestamentária da restauração de Israel.

Cumprimento Antitípico. As profecias a respeito da Terra Prometida e a restauração de Israel também terão um cumprimento final antitípico--a posse final pelo povo de Deus da nova terra da qual Canaã era um tipo.

As Escrituras mostram a terra de Canaã como um tipo da herança do povo de Deus na nova terra. Hebreus explica que Abraão e seus descendentes crentes viam o cumprimento derradeiro da prometida terra de Canaã, não como um retorno àquela "de onde saíram", mas, a um "pátria superior, isto é, celestial" (Heb. 11:15-16). Logo, Abraão, a quem havia sido prometida a terra de Canaã, "aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador" (Heb. 11:10).

A futura "cidade santa" (Apoc. 21:10), a que Abraão aspirava, será o cumprimento antitípico da promessa divina de posse eterna da terra de Canaã. Essa promessa se cumprirá sobre a nova terra por todos os descendentes espirituais de Abraão, crentes judeus e gentios. Paulo o enfatiza ao dizer: "E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa" (Gál. 3:29). Como crentes somos "herdeiros" da promessa de Deus a Abraão quanto à "pátria melhor" e a ser "herdeiro do mundo" (Heb. 11:6; Rom. 4:13).

Restauração Messiânica. O cumprimento antitípico também se aplica às profecias referentes ao ajuntamento de Israel da dispersão. A predição de Isaías com de um "segundo" ajuntamento do remanescente de Israel (Isa. 11:11) é dada no contexto da Vinda do Messias como um Juiz glorioso que "ferirá a terra com a vara da sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o perverso" (Isa. 11:4). O resultado final disso será paz, justiça e harmonia no mundo natural, "porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Isa. 11:5-9).

Ao tempo da restauração messiânica final há pouco descrita, "o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo, que for deixado [de muitas nações]" (Isa. 11:11). Isso significa que Isaías prediz uma segunda reunião de Israel, não meramente à terra de Canaã, mas ao próprio Messias no tempo em que virá como Juiz para restaurar justiça, paz, e prosperidade ao mundo. Essa reunião não é só para Israel, mas os crentes de muitas nações. (Isa. 11:11).

O Novo Testamento retrata essa reunião final de crentes de todas as nações quando do glorioso Retorno de Cristo. Nessa ocasião, "Ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (Mat. 24:31). Essa reunião final não será no Oriente Médio, mas "de uma a outra extremidade dos céus" ao Salvador. Esse é o cumprimento antitípico final do segundo ajuntamento predito por Isaías (cf. Mat. 8:11-12).

Significado Mais Profundo de Israel e Canaã. Uma pergunta poderia ser levantada: Por que, então, os profetas do Velho Testamento falam tão claramente de uma restauração nacional de Israel a sua terra, quando o cumprimento derradeiro dessas profecias é a herança da Nova Terra pelos crentes de todas as eras? A resposta se acha no fato de que os profetas do Velho Testamento muitas vezes descrevem a bênção final por meio de termos e experiências familiares aos israelitas de seus dias.

Para os profetas, o termo "Israel" significava o povo de Deus, e a terra de Canaã as prometidas bênçãos de paz e prosperidade. Por causa desses significados mais profundos, esses termos podiam servir para expressar a esperança da realização final das bênçãos divinas para o Seu povo.

A "perspectiva profética" capacitava os profetas de verem a visitação divina final e a restauração mediante a transparência de eventos históricos iminentes. Do mesmo modo, a reunião final de todos os crentes (Isa. 11:11; 49:6) é às vezes descrita pelos profetas em termos do reajuntamento do remanescente de Israel a sua terra.

As considerações sobre os cumprimentos literal, figurado e antitípico das profecias veterotestamentárias sobre a restauração de Israel levam à conclusão de que essas profecias não foram integralmente cumpridas nos tempos do Velho Testamento. Contudo, seu cumprimento mais pleno deve ser buscado, não na restauração política dos judeus na Palestina, mas na reunião universal de todos os crentes na Nova Terra.

Limitar o cumprimento dessas profecias a uma restauração política dos judeus na Palestina, seja agora ou durante o milênio, é ignorar o testemunho do Novo Testamento que vê essas profecias cumpridas, não em algum futuro retorno dos judeus à Palestina, mas na atual reunião dos crentes na Igreja e numa reunião universal vindoura de povos de todas as tribos, povos e línguas na Nova Terra.

"Os Tempos dos Gentios".Uma das profecias muito citadas pelos dispensacionalistas para apoiar o atual retorno dos judeus à cidade de Jerusalém é Lucas 21:24: "até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles". Muitos cristãos crêem que esta profecia foi cumprida pela primeira vez em 6 de junho de 1967, quando os judeus reconquistaram a Cidade Velha de Jerusalém, assim dando fim ao ser "pisada" pelos gentios.

O raciocínio para esse ponto de vista é adequadamente expresso por um destacado teólogo dispensacionalista, C. F. Baker: "Se esta cidade é pisada até um certo tempo, deve necessariamente vir um tempo subseqüente quando a cidade não mais será pisada. . . . Se esta passagem ensina algo, trata-se de que a Jerusalém terrestre deve ser restaurada". Tal raciocínio parece lógico mas assenta-se sobre uma interpretação infundada do advérbio "até", além de ignorar os ensinos globais de Cristo a respeito do tema.

A função primária do advérbio "até" na frase "até que os tempos dos gentios se completem" é para indicar o término do espisoteamento de Jerusalém, mas não sua restauração a um estado prévio de soberania judaica. O advérbio "até" (no original grego achri) em si não sugere uma mudança para uma situação prévia. Por exemplo, na admoestação, "conservai o que tendes, até que eu venha" (Apo. 2:25), o advérbio "até" não transmite a idéia de uma mudança da condição presente de fidelidade a uma condição precedente de infidelidade (cf. Apo. 2:10; 1 Cor. 15:25).

Nessa declaração Jesus simplesmente declara que a condição de Jerusalém ser pisada não cessará dentro de cinqüenta ou cem anos, mas prosseguirá até a sua Segunda Vinda. O evento que se seguirá ao cumprimento do "tempo dos gentios" não é a restauração da soberania judaica sobre a cidade de Jerusalém, mas o Retorno de Cristo (Lucas 21:25-28).

Predição de Destruição, não de Restauração. Deve-se tomar nota do fato de que ao predizer a destruição de Jerusalém, Cristo nada disse a respeito de sua restauração. O que Jesus ensinou, em vez disso, é que a condição especial dos judeus como povo de Deus tinha chegado a um fim (Mat. 23:38; Lucas 19:41-44). Na parábola dos lavradores na vinha, os lavradores infiéis não obtêm a repossessão da vinha em ocasião futura, mas a perdem para sempre, pois Deus a concede a "povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mat. 21:41-43).

A mesma verdade é expressa na parábola da Festa das Bodas, onde os lugares daqueles que foram originalmente convidados para a festa são assumidos por todo tipo de outras pessoas trazidas da rua (Mat. 22:1-10). Aqueles que "tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus" "virão do Oriente e do Ocidente . . . ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas" (Mat. 8:11-12).

Esta descrição de pessoas vindas "do oriente e ocidente" alude a certas descrições proféticas do retorno dos judeus do exílio (cf. Isa. 43:5; Sal. 107:3). Contudo, aqui Jesus claramente aplica essas profecias ao ajuntamento de todos os crentes, judeus e gentios. O Novo Testamento não antecipa o retorno dos judeus a uma Jerusalém restaurada mas à reunião de todos os crentes na Nova Jerusalém edificada pelo próprio Deus (Apo. 21-22).

CONCLUSÃO

A inescapável conclusão que emerge deste estudo das principais profecias sobre restauração é de que nenhuma delas oferece uma predição ou sequer dá indício de uma restauração de judeus à Palestina em nosso século como um prelúdio dos eventos finais da história da Terra.

Descobrimos que a Escritura vê essas profecias como cumpridas literalmente quando um remanescente de judeus retornou à Palestina vindos de Babilônia; figuradamente quando Cristo veio a primeira vez para reunir espiritualmente todos os que Nele crêem; e antitipicamente quando Cristo retornar para reunir fisicamente o Seu povo "de uma extremidade do céu à outra" para a Nova Terra.

O ponto de vista de que a restauração política dos judeus em 1948 é "o sinal profético mais importante para anunciar a era do retorno de Cristo" é, portanto, uma opinião que não conta com suporte bíblico legítimo. Desafortunadamente, contudo, essa posição equivocada é a própria base sobre que se firma o cenário popular dos acontecimentos do fim dos tempos promovido por tantos pregadores evangélicos populares em nossos dias.

ADENDO

Teólogos Evangélicos Ofendem Judeus Com Interpretações Escatológicas Discriminatórias

A Bíblia nos diz claramente que Deus “não faz acepção de pessoas” e também que é o mesmo “ontem, hoje e para sempre”, pois afirmou Ele próprio: “Eu, o Senhor, não mudo”.

A despeito disso, há certos ensinos teológicos entre cristãos evangélicos que colocam a Deus como um grande discriminador, não só contra os judeus, mas mesmo de judeu contra judeu, e não só durante a era presente, mas por todos os séculos da eternidade. Eis como expõe o problema o Dr. Bacchiocchi em outro de seus trabalhos de pesquisa:

“Deus é acusado de planejar o ‘arrebatamento’ [da Igreja] que, noutras palavras, representa que removerá a Igreja de sobre a Terra para derramar Sua ira de modo implacável sobre os judeus durante os “sete anos” de tribulação. Então um Anticristo judaico supostamente se levantará nessa ocasião que tentará passar pelo próprio Cristo. Os judeus que se converterem na tribulação final formarão uma segunda classe de cidadãos no reino eterno de Deus.

“Paradoxalmente, os pregadores e autores dispensacionalistas dão a impressão de serem grandes apoiadores dos judeus e do Estado de Israel. O conhecido Rev. Jerry Falwell, por exemplo, é citado como declarando para o jornal Washington Post de 23 de janeiro de 1999, pág. B11: ‘Se há uma pessoa sobre a Terra hoje fora da comunidade judaica que tem as mais fortes credenciais como sendo pró-judeus e pró-Israel além de Jerry Falwell, eu ainda não conheci’.

“O que Falwell deixa de esclarecer, porém, são os motivos para ser ‘pró-judeus e pró-Israel’. As razões são evidentes na teologia dispensacionalista que ele esposa. O dispensacionalismo ensina que a restauração para os judeus a sua terra natal é a peça central das profecias dos tempos finais que prepara o cenário para o Arrebatamento, a Tribulação, o surgimento do Anticristo, a Reedificação do Templo, o Retorno de Cristo e o Reino Milenial de Cristo.

“Para declarar as coisas de modo direto, os pregadores e autores do dispensacionalismo estão ansiosos por promover o progresso do Estado de Israel simplesmente porque vêem isso como um prelúdio necessário para o arrebatamento da Igreja. Quanto mais cedo os judeus estiverem plenamente estabelecidos em sua terra natal, mais cedo a Igreja será arrebatada e mais cedo Deus castigará os judeus como nunca fez antes.

“Os líderes judaicos são suficientemente inteligentes para entender que a política ‘pró-judeus e pró-Israel’ de gente como Jerry Falwell deriva, em última instância, de uma teologia de desprezo pelos judeus. Este aspecto é tornado bem claro no artigo do Washington Post que faz referência às declarações de Jerry Falwell sobre o Anticristo como sendo um judeu que, provavelmente, ‘está vivo em algum lugar hoje’ (edição de 23 de janeiro de 1999, página B11).

Phil Braum, diretor executivo do Congresso Judaico Americano, é citado no artigo declarando a respeito de Jerry Falwell: ‘Eis um homem que professa ser simpático às causas judaicas de todo tipo, e ao mesmo tempo se empenha em fazer esse tipo de declaração brutal. A maioria das pessoas que ouvirem isso pensará que os judeus . . . são responsáveis pelos males do mundo. O que ele está fazendo é causar uma reação anti-semítica e ele é responsável por isso’.

“Numa linha de pensamento semelhante, Abraham H. Foxman, diretor nacional da Liga Anti-Difamação (entidade judaica norte-americana) é citado ao dizer que a despeito de ‘anos de diálogo cristão-judaico, o Rev. Falwell não aprendeu coisa alguma. Revertendo a uma interpretação distorcida do Novo Testamento, ele repete o que há de pior na intolerância que resultou em perseguição de judeus e inquisições’.

“A razão por que o Rev. Falwell e colegas evangélicos como ele ‘não aprenderam coisa alguma’ sobre o glorioso plano de Deus para a salvação de judeus e gentios é simplesmente porque suas mentes foram cegadas por séculos de teologia de deprezo pelos judeus”.

Há ainda a teoria de que, de algum modo, o Templo de Jerusalém será reedificado e todos os judeus da última geração por fim se converterão, aceitando o Messias por uma ação especial do Espírito que atuará sobre a mente desses filhos de Abraão dos tempos finais. Mas não seria tal noção também discriminatória? O que dizer de todas as demais gerações que não tiveram tal privilégio? Perderam-se porque o Senhor não lhes foi tão favorável . . . Enfim, um Deus que discrimina judeu contra judeu!

Isso sem falar nas implicações políticas da noção de reconstrução do Templo de Jerusalém. Há alguns meses ouvi uma entrevista por uma emissora de Birmingham, Alabama, EUA (área onde resido) em que um líder cristão dizia pertencer a uma entidade que estava coletando fundos para o projeto de dita reconstrução do Templo judaico.

Quando o repórter, da estação educativa WBHM, perguntou-lhe sobre o que isso representaria em termos políticos, diante do fato de que os árabes certamente não admitiriam tal iniciativa, ele respondeu algo como: “Não nos preocupamos o mínimo com o que isso possa causar. Cumprimos o que Deus determinou, e pronto. . .” Entre o que isso poderia causar consta a destruição de uma das maiores e mais famosas mesquitas árabes, o famoso Domo de Omar, edificada sobre o sítio do antigo Templo de Jerusalém. . .

Não seriam tais atitudes e mentalidade de um radicalismo que não difere muito da cosmovisão dos talibãs e membros do Al-Qaeda? Quem sabe não teria isso também contribuído para as ações terroristas contra o território e instituições americanas nos EUA e além-mar. . . Afinal qual é o grande baluarte do cristianismo evangélico no mundo, donde tais interpretações dispensacionalistas brotaram?

Bacchiocchi prossegue: “Um sinal bastante evidente de tal teologia é a redução do sábado a uma velha aliança, uma instituição judaica, que teve fim na cruz, e a promoção do domingo como sinal do Novo Concerto”. Bem, mas esta já é outra discussão, tratada por ele em detalhes ao analisar a Carta Pastoral do Papa João Paulo II, Dies Domini, reproduzido no artigo no. 58 de nosso “Catálogo” que pode ser remetido gratuitamente a quantos se interessarem em examinar seus pontos de vista a respeito desse polêmico assunto.

Samuele Bacchiocchi doutorou-se com louvor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, sendo o primeiro não-católico a conseguir tal feito. Ele até fez por merecer uma medalha da parte do Papa Paulo VI por sua brilhante atuação como aluno da famosa instituição vaticana. Sua tese doutoral, sobre a mudança da observância do sábado para o domingo, foi publicada em forma de livro pela imprensa do próprio Vaticano, tendo o devido Imprimatur da Igreja Católica. Tal livro foi traduzido para o português e está disponível em forma de arquivo eletrônico (333 páginas). Para obter informações de como conseguir um exemplar de Do Sábado Para o Domingo, em arquivo eletrônico, mande-nos um e-mail a respeito. 

20 outubro 2010

A Música

Tive um sonho: "Estava em minha igreja durante um culto de sábado, e pude contemplar vários dos membros que realmente frequentam esta igreja. Estavam também assentadas várias outras pessoas.


Minha atenção foi voltada à frente da igreja.


Um artista não cristão, muito conhecido, tomou iniciativa de ir à frente e começar a cantar músicas que não são de louvor a Deus.


Toda a igreja vibrou e apreciou contente o show apresentado.


Eu fui exceção, assim como um ou outro: fomos à frente da igreja, interrompemos o show e começamos a alertar a igreja quanto à sua conduta inequivocamente errada aos olhos do Senhor.


Ao contrário das expectativas, todas as pessoas simplesmente saíram da igreja! Fiquei só. Mesmo os que haviam se posicionado ao lado do Senhor, também saíram da igreja por causa do “efeito manada”.


Então corri até o lado de fora da igreja, chamando as pessoas para voltar e buscar ao Senhor, mas, estavam longe e cada vez mais.


Repentinamente, olhei para dentro da igreja: Uma mulher colérica, arrogante e irritadiça, saiu falando várias coisas, sem que as pudesse entender.


Entendi, durante o sonho, que aquela mulher simbolizava o atual estado da igreja."

Ao analisar o porque de o Senhor enviar tal sonho, vi que há muito tenho alertado a Igreja quanto a necessidade de rever os conceitos de música na igreja.

Infelizmente, a maior parte das músicas cantadas nas Igrejas são segundo a vontade do cantor, do pastor, dos ouvintes, das visitas, mas NÃO DA VONTADE DE DEUS.

E se, chamamos o cantar na igreja de louvor a Deus, que seja um louvor conforme a vontade de Deus e não a minha!

Não é óbvio?!

Preciso ser sincero: Realmente gosto de determinadas músicas mais batidas! MAS, ciente de que tais músicas não são do agrado do Senhor, mas antes, nos afastam de Deus, tornando-nos irritadiços, complacentes com o próprio EU e inquietos, tomei a decisão de evitá-las!

Ou seja: Todos os muitos pormenores que preguei, sobre como deve ser o louvor ao Senhor, não são conforme o meu querer, o meu gosto. Mas conforme o que a palavra de Deus o diz.

Não possuo dúvida alguma quanto ao assunto, pois estudei não só uma, ou duas, mas todas as passagens da Bíblia e do Espírito de Profecia concernentes à música cristã e como ela, nos nossos tempos, disse a profeta, seria usada como arma para nos afastar de Deus e da VERDADEIRA ADORAÇÃO.

Assim, convido-o, caro adventista, a estudar sobre o assunto e permita que o Espírito Santo de Deus lhe mostre a verdade.

Mas saiba que em qualquer assunto, se vier a abrir a Palavra de Deus, buscando desculpas para justificar seus próprios desejos e gostos, por certo encontrará.

"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição."
2 Pedro 3:16

Não seja como os líderes e membros aos quais alertei para tal assunto, pois não tomaram posição ao lado da verdade.

Já os convidei, inúmeras vezes, para juntos estudarmos sobre o assunto e, mediante a conclusão, nos posicionarmos.

Mas não estudam, não buscam, portanto não acham...

Também não esteja entre os críticos, os que dizem coisas e usam a palavra de Deus para destruir a Igreja e ofender pessoas.

O que falo ou escrevo, o faço para que voltemos ao Senhor.

EJ, Mensageiro da Verdade.

Para saber sobre a música na Igreja, leia e FAÇA O TESTE:

Teste da música na igreja

Música e adoração

Explosão gospel analisada por pesquisadora científica

Fonte destes esclarecedores documentos: Cristo Voltará

O Poder da Música Sobre o Cérebro

Um colega de trabalho na Casa Publicadora Brasileira, o designer Cristiano Kleinert, assistiu a uma palestra do estudioso de mídia português Daniel Spencer sobre música, TV e outras mídias. Segundo ele, o palestrante comentou, entre outras coisas, sobre a hiperestimulação do tálamo e do hipotálamo pelos meios audiovisuais deturpados. A conseqüência disso seria a atrofia do lóbulo frontal, que acaba perdendo o poder de decisão, domínio próprio, etc. Foi dito ainda que a hiperestimulação do hipotálamo e do tálamo por meio de músicas estilo rock, pelas batidas da bateria no compasso “2 e 4” mais acentuados, ocasionaria até mesmo a produção de hormônios sexuais. Cristiano resolveu consultar Hélio Pothin, doutor em Fisiologia e professor na UFSM. Leia a resposta do Dr. Hélio:


“O lobo frontal do cérebro é a parte da frente dos hemisférios cerebrais (direito e esquerdo). A camada cinzenta mais externa do cérebro é formada pelo corpo celular dos neurônios, ou seja, a parte dos neurônios que fazem sinapses com vários outros neurônios. Essa camada é chamada de córtex cerebral. Nos lobos frontais, essa camada é denominada córtex pré-frontal. Devido às inúmeras sinapses (ligações entre neurônios) que ocorrem no córtex, é possível realizar as muitas funções do cérebro.

“O córtex pré-frontal é responsável pelo raciocínio, pensamento, razão, consciência, vontade, capacidade de decisão, etc. Para realizar essas funções ele recebe impulsos nervosos de outras partes do sistema nervoso central.

“O tálamo é formado por várias divisões e está localizado abaixo do córtex, na região central do cérebro. Ele funciona recebendo as informações dos sentidos (visão, audição, gustação e tato) e enviando ou distribuindo as informações para outras regiões do cérebro, incluindo o córtex cerebral.

“O hipotálamo está situado abaixo do tálamo e é formado por vários núcleos nervosos; cada um influencia uma determinada parte do sistema nervoso. Apesar de pequeno, o hipotálamo tem funções importantes no comando das ações autonômicas como: fome, sede, regulação da temperatura corporal, sono, vigília, secreção gastrointestinal, pressão sangüínea, batimentos cardíacos, apetite sexual, ato sexual, etc.

“Para comandar ou influenciar tantas funções o hipotálamo envia suas mensagens através dos nervos e, também, através de hormônios pelo sangue. Ele envia hormônios para a glândula hipófise, a qual controla outras glândulas, inclusive as glândulas sexuais, através de hormônios, também.

“Portanto, estímulos nervosos enviados pelo ouvido, provocados pelo som, chegam até o tálamo e ele envia, também, estímulos nervosos para o centro das emoções, para o córtex pré-frontal e para o hipotálamo.

“Como a música Rock possui ritmos característicos os quais são transformados em estímulos nervosos numa freqüência determinada, chegando ao tálamo este também envia estímulos numa freqüência tal para o hipotálamo, córtex pré-frontal ou outro centro nervoso no cérebro. O hipotálamo entende essa frequência como uma ordem para influenciar as glândulas periféricas, através dos hormônios da hipófise, a fim de liberar seus hormônios, os quais irão aumentar ou diminuir as funções dos órgãos específicos. De acordo com o ritmo da música, serão enviados estímulos elétricos em freqüências diferentes. Cada freqüência alcança locais diferentes no cérebro e pode influenciar funções diferentes ou diferentes comportamentos.

“A música rock, portanto, têm poder de influenciar comportamentos como ira, violência, sexo e estimular a dependência do prazer. Assim, aumenta o desejo por drogas ou comportamentos que estimulem o prazer e, portanto, o vício.

“Um dos centros nervosos que recebem impulsos do hipotálamo, do ouvido, da medula espinhal e outros centros, é um núcleo denominado Locus Cerúleos. Esse núcleo envia neurônios para algumas partes do cérebro, entre elas está o córtex pré-frontal. Quando ocorre estimulação intensa do Locus Cerúleos, ele faz com que Noradrenalina (neurotransmissor) seja liberada dos terminais dos neurônios que chegam ao córtex pré-frontal. A atuação de níveis altos de noradrenalina no córtex pré-frontal atua como uma forma de "anestesia" das funções dessa região. Por isso, as funções de tomar decisões corretas ficam prejudicadas, pois o córtex pré-frontal não consegue buscar informações armazenadas na memória em outras regiões. Assim, a razão, o domínio próprio, a consciência ficam afetados. Como a razão fica ‘anestesiada’, as emoções dominam as ações. Como os hormônios foram liberados em maior quantidade pela estimulação do hipotálamo, o desejo sexual (e qualquer outra função) fica fora do controle da razão.

“É bom salientar que quando o tálamo recebe impulsos nervosos numa freqüência mínima, chamada limiar da percepção consciente, então ele envia esses estímulos para o córtex cerebral e isso se torna consciente ou perceptível. Quando a freqüência de estímulos nervosos que chegam ao tálamo está abaixo da frequência limiar consciente, então esses estímulos são enviados para outros centros nervosos e não vão para o córtex, ou seja, não se tornam conscientes. Embora não conscientes, eles podem alcançar o centro das emoções, asim como o hipotálamo e suas influências glandulares sem ser analisados pela razão. Aí entram as mensagens subliminares.”

Fonte: Criacionista

19 outubro 2010

Homer Simpson é um ‘verdadeiro católico’, diz Vaticano

Jornal oficial exalta personagem viciado em cerveja e rosquinhas e diz que 'Os Simpsons' aborda temas cristãos como nenhum outro programa de TV
18/10/2010

Homer Simpson, pai da família politicamente incorreta retratada no desenho animado “Os Simpsons”, foi considerado um “verdadeiro católico” pelo L’Osservatore Romano, jornal oficial do Vaticano. Para a Igreja, o desenho animado explora conceitos como família, comunidade, educação e religião de maneira ímpar.
 
O jornal cita o fato de que Homer dorme durante os sermões de sua igreja local e inflige “humilhação sem fim” a seu vizinho evangélico, Ned Flanders, lembrando que sua família sempre reza antes das refeições e, além disso, crê na vida após a morte.
 
“Os Simpsons é um dos poucos programas para crianças nos quais a fé cristã, religião e questões sobre Deus são temas recorrentes”, afirmou o jornal em um artigo intitulado “Homer e Bart (filho de Homer no desenho) são católicos”.
 
O jornal citou uma análise de um padre jesuíta, Franceso Occheta, de um episódio transmitido pouco após a morte do Papa João Paulo II. No episódio, Bart Simpson se matricula em uma escola católica, onde conhece um padre que o converte para o catolicismo com sua gentileza.
Em seguida, Homer decide virar católico, para o horror de sua mulher e de seus companheiros evangélicos. O episódio toca em assuntos como conflito religioso, homossexualismo e pesquisa de células-tronco.
 
“Poucas pessoas sabem, e ele faz de tudo para esconder, mas é verdade: Homer J Simpson é católico”, afirma L’Osservatore Romano.
 
O Vaticano já havia elogiado o desenho animado no passado, afirmando que “o relacionamento entre o homem e Deus” era um dos temas principais da série, que reflete a “confusão religiosa e espiritual de nossos tempos”.
 
Fontes:
 

NOTA EJ: Caso você, leitor, não conheça bem os desenhos da Série "Os Simpsons", fique sabendo:

Há anos eu assistia frequentemente os desenhos dos Simpsons, e, afirmo, jamais assisti a algo que tão descaradamente blasfema, ofende e desrespeita o Santo Nome de Deus. Com exceção de South Park.
 
Os produtores deste desenho não serão impunes: 

"Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". Êxodo 20:7

E não posso deixar de notar que se para o jornal católico, HOMER Simpson é um Verdadeiro Católico, há algo muito errado em ser católico.

Se eu fosse católico me sentiria muito ofendido pela afirmação do JORNAL OFICIAL DO VATICANO.

Afinal, por mais que os Católicos em sua doutrina e forma de adorar aos seus deuses (imagens) estejam longe do Verdadeiro Deus, há os sinceros entre eles que se arrependerão de sua desobediência aos mandamentos da Lei de Deus e farão parte do Povo Santo de Deus.

18 outubro 2010

Jejum agrada a Deus? COMO?

"...O povo pergunta a Deus: “Que adianta jejuar, se tu nem notas? Por que passar fome, se não te importas com isso?”

O SENHOR responde: “A verdade é que nos dias de jejum vocês cuidam dos seus negócios e exploram os seus empregados.

Vocês passam os dias de jejum discutindo e brigando e chegam até a bater uns nos outros. Será que vocês pensam que, quando jejuam assim, eu vou ouvir as suas orações?

O que é que eu quero que vocês façam nos dias de jejum? Será que desejo que passem fome, que se curvem como um bambu, que vistam roupa feita de pano grosseiro e se deitem em cima de cinzas? É isso o que vocês chamam de jejum? Acham que um dia de jejum assim me agrada?

“Não! Não é esse o jejum que eu quero. Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão.

O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que dêem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes.

“Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados. O seu Salvador os guiará, e a presença do SENHOR Deus os protegerá por todos os lados.

Quando vocês gritarem pedindo socorro, eu os atenderei; pedirão a minha ajuda, e eu direi: ‘Estou aqui!’ “Se acabarem com todo tipo de exploração, com todas as ameaças e xingamentos;

se derem de comer aos famintos e socorrerem os necessitados, a luz da minha salvação brilhará, e a escuridão em que vocês vivem ficará igual à luz do meio-dia.

Eu, o SENHOR, sempre os guiarei; até mesmo no deserto, eu lhes darei de comer e farei com que fiquem sãos e fortes. Vocês serão como um jardim bem regado, como uma fonte de onde não pára de correr água..."

Isaías 58: 3 a 11(NTLH)

08 outubro 2010

EUA pedem desculpas por espalhar gonorreia e sífilis na Guatemala

Sífilis pode causar problemas cardíacos, cegueira e levar à morte

Experimento americano infectou quase 700 pessoas com sífilis e gonorréia para testar vacinas.

O governo dos Estados Unidos pediu oficialmente desculpas nesta sexta-feira por infectar quase 700 pessoas com gonorreia e sífilis na Guatemala durante experimentos médicos há cerca de 60 anos.

Em comunicado oficial, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a secretária da Saúde, Kathleen Sebelius, classificaram de "antiética" e “inaceitável” a pesquisa conduzida entre 1946 e 1948, durante os governos do presidente guatemalteco Juan Bermejo e do americano Harry Truman.

Um programa americano infectou doentes mentais e prisioneiros do país, sem que eles dessem permissão, com os micróbios causadores das duas doenças sexualmente transmissíveis em estudos que os cientistas na época acreditavam que poderiam levar a uma vacina contra os males.

Clinton e Sebelius afirmam estar "indignadas de que tal investigação inaceitável tenha ocorrido sob o disfarce de (um serviço de) saúde pública". O comunicado também diz que o experimento "não representa os valores dos Estados Unidos" e anuncia uma investigação sobre o caso.

"No espírito do compromisso com a ética investigativa, estamos começando uma investigação minuciosa dos detalhes deste caso", diz o documento.
Diante das revelações, o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, acusou os Estados Unidos de crimes contra a humanidade.

Fonte: BBC Brasil




NOTA EJ: Ainda acham impossível que doenças como a "gripe suína", H1N1, tenha sido disseminada sistematicamente de forma intencional por um governo?

No final das contas, os laboratórios lucraram grandemente com a venda desta vacina...

Triste, mas é o mundo no qual vivemos.

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